Queridos visitantes,
Este blog está direcionado a informação sobre problemas ambientais e de saúde. Recebo muitos posts pedindo ajuda mas infelizmente não é possíve realizar "consultas virtuais". Mandem suas dúvidas mas não me peçam orientação de tratamento. Tentarei ajudar até o limite da ética. Obrigada

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Importância do sol na nossa saúde


Cada vez mais, temos nos deparado com trabalhos mostrando como o sol é importante para a saúde dos que vivem na terra. Filosoficamente, podemos dizer que a terra e todos os demais planetas deste sistema solar gravitam em torno do sol e que isto deve ter mais implicações do que apenas seu estudo pela astronomia.

Será que existe algum efeito do sol sobre nossos ossos? A resposta é: com certeza, sim. O sol é o grande responsável pela produção da vitamina D na pele, estimulada pelos raios ultravioleta. A vitamina D, por sua vez, é fundamental para absorver o cálcio do intestino, vindo da dieta ou da suplementação com comprimidos ou pó.

Este mecanismo funciona da seguinte maneira: precisamos de cálcio para nosso coração, músculos e nervos funcionarem e continuarmos vivos. Nosso organismo não produz cálcio. Este deve vir da dieta, ir para o intestino de onde é retirado sob influência da vitamina D e então ser jogado no sangue. O sangue deve ter uma quantidade mínima de cálcio, sendo capaz de distribuí-lo para todas as células que dele precisam para continuar sua atividade. Para manter este preciso e precioso mecanismo, a vitamina D tem que estar presente, ativada e em quantidade suficiente. É aí que entra o sol. Quando não há exposição adequada ao sol, não há produção de vitamina D, a absorção do cálcio ingerido é insuficiente, o cálcio no sangue fica abaixo do necessário, fazendo com que nosso corpo tenha que lançar mão de seu reservatório de cálcio para manter todo este processo novamente regulado.

O grande problema é que nosso reservatório de cálcio é o esqueleto ósseo. Pessoas que cronicamente tem pouca vitamina D ou baixa ingesta de cálcio acabam tendo que destruir o esqueleto para liberar o cálcio que está preso a ele e com isto permitir que continuemos vivos. Esta é uma das causas da osteoporose. Aumentamos a destruição das células e não formamos outras com a mesma velocidade. Isto vai deixando os ossos frágeis, podendo se quebrar com pequenos traumas.

O sol e a vitamina D tem sido recentemente alvo de muitos estudos. Em um artigo recente, de fevereiro de 2010, no Journal of Investigative Dermatology, discute-se qual a qualidade e o tempo ideal da exposição ao sol. Esta publicação inglesa afirma que tomar o sol do meio-dia, no período do verão, durante alguns minutos, pode elevar o nível da vitamina D para suficiente, mas não para ótimo.

A principal fonte de vitamina D de que dispomos vem através da produção na pele, estimulada pelos raios ultravioleta B do sol. A outra fonte seriam os alimentos, mas são muito poucos os que contêm esta importante vitamina.

Dependendo do local na terra e da estação do ano, os raios alteram sua incidência sobre a pele. Sabe-se que no inverno e em locais mais próximos aos pólos norte e sul a exposição é menos eficiente. Curiosamente, locais como o Brasil, no nordeste ou no sudeste, ocorre também esta alteração, diminuindo ou aumentando a quantidade de vitamina D. Já foram realizados trabalhos dosando a quantidade de vitamina D em nossa população e os dados mostram que a vitamina D na época do inverno é ainda mais baixa do que no verão.

As autoridades de saúde do Reino Unido afirmam que uma exposição despretensiosa ao sol permite a produção adequada de vitamina D. Recomendam também que se limite este tempo de exposição a períodos curtos.

Para testar se esta orientação estava correta, os avaliadores calcularam qual seria o tempo necessário durante o inverno para que as pessoas tivessem uma exposição correspondente a 13 minutos do sol do verão. Expuseram então, 109 homens e mulheres a este período calculado, como se estivessem tomando o sol do meio-dia, três vezes por semana, durante 6 semanas. Os participantes usavam shorts e camisetas durante este “banho de sol” e não podiam usar protetor solar.

O estudo foi realizado propositadamente durante os meses de inverno, justamente quando as pessoas recebem muito pouca vitamina D pela exposição ao sol. O objetivo era exatamente avaliar este período bem delimitado, deixando claro não haver interferência de nenhuma outra exposição. Todos os participantes tinham baixa ingesta de vitamina D e nenhum tomava suplemento.

O nível de vitamina D colhido no sangue subiu de 18ng/ml para 28ng/ml ao final da experiência. Para situar estes valores, diz-se que 20 ng/mL ou mais é considerado suficiente, enquanto que 32 ng/mL ou mais é considerado ótimo!

Baseados nestes resultados, estes pesquisadores foram capazes de calcular que com esta exposição ao sol, 90 dos adultos brancos de Manchester, com idade inferior a 65 anos teriam níveis apenas suficientes de vitamina D, enquanto que 26 destas pessoas teriam o nível considerado ótimo.
Estes estudos não se aplicam às pessoas de pele mais escura, que necessitam de maior tempo de exposição, uma vez que seu tom de pele age como um bloqueador de sol natural.

Dependendo da latitude, o tempo médio de exposição ao sol para conseguir o mesmo efeito, nos Estados Unidos, poderia variar de 9 a 16 minutos.
Como conclusão, eles recomendam que sejam feitos programas educativos, orientando e promovendo a exposição ao sol, limitando o período para evitar queimaduras da pele. No entanto, pessoas com risco elevado de câncer de pele deveriam evitar esta exposição e fazer uso apenas de suplementação.

Felizmente, hoje em dia, podemos prescrever cápsulas ou gotas de vitamina D (colecalciferol), que em pessoas normais é perfeitamente capaz de substituir o sol, evitando uma exposição nem sempre segura para grande parte da população.
Devemos estar atentos para que não falte vitamina D, quer pela exposição ao sol, quer pela ingesta de alguns produtos. Esta será uma das maneiras de prevenir a osteoporose.

fonte: site Sanofi Aventis

Nenhum comentário:

Postar um comentário