Queridos visitantes,
Este blog está direcionado a informação sobre problemas ambientais e de saúde. Recebo muitos posts pedindo ajuda mas infelizmente não é possíve realizar "consultas virtuais". Mandem suas dúvidas mas não me peçam orientação de tratamento. Tentarei ajudar até o limite da ética. Obrigada

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Como tratar Psoríase?

Um dos grandes problemas da psoríase é a questão estética , porque é raro o comprometimento de outros órgãos, mas há um grande efeito psicológico de diminuição do amor-próprio que traz conseqüências para a vida dos portadores da doença, podendo prejudicar seus relacionamentos interpessoais. Sendo assim, o controle da psoríase ajuda bastante no dia-a-dia do paciente. O fator emocional, iclusive, pode acarretar na piora das lesões.


O tratamento da psoríase deve considerar a gravidade das lesões, sua extensão, localização e impacto na qualidade de vida do paciente. Tem como obejetivo  melhor das lesões na maior parte do tempo, já que sabemos que a psoríase não tem cura. É importante lembrar que 75% a 80% dos pacientes apresentam formas leves e moderadas de psoríase, que podem ser controladas com tratamentos locais, feitos com a utilização de pomadas, loções, xampus, géis e sprays à base de corticosteróides, coaltar, antralina, calcipotriol, tazaroteno e piritionato de zinco, e outros, desde que bem indicados e usados com supervisão médica.
Hoje existem vários medicamentos para o tratamento da psoríase, mas normalmente estas opções são alternadas para proporcionar o controle mais adequado da doença (esquema rotacional).Como a psoríase é crônica, a pele desenvolve um mecanismo chamado taquifilaxia, é como se a pele se acostumasse com o tratamento e passasse a não responder mais à medicação. Por isso fazemos o rodízio de medicamentos durante o manejo terapêutico.
Para os casos mais graves ou psoríases extensas geralmente são utilizadas medicações tópicas e sistêmicas. As opções de medicamentos de uso interno são: acitretina, ciclosporina e metotrexato, todos exigindo supervisão médica e exames laboratoriais seriados para o controle de possíveis efeitos colaterais. Os benefícios com a medicação oral tem que ser maior que os riscos de ter um efeito colateral.
  Em alguns casos podemos associar fototerapia (duas ou três vezes por semana) ou laser (como o dye laser para formas localizadas resistentes).
Foi aprovado pelo FDA (órgão americano de controle de medicamentos), o uso do Pulsed Dye Laser, para o tratamento da psoríase.
A finalidade do tratamento é a destruição de pequenos vasos sanguíneos que se encontram dilatados e proliferados na pele afetada pela doença, resultando no clareamento das placas de psoríase. A pele normal não é lesada e não ocorrem efeitos colaterais no organismo.
Para realizar o tratamento, as lesões devem ser antigas e estarem afinadas pelo uso de medicação local antes da aplicação do laser, que deve ser calibrado de acordo com o tipo de lesão. A aplicação dura apenas poucos segundos. Deve ocorrer a formação de mancha roxa transitória e pode haver a formação de bolhas e crostas no local, além de ardência e mancha escura temporária.
Os estudos recentes indicam uma média de 5 tratamentos, com intervalos de 4 a 6 semanas, não sendo necessário nenhum outro tratamento posterior ao laser. Desta forma, a duração média da remissão das lesões fica em torno de 15 meses. Um dos estudos obteve um clareamento de 90 a 100% em 43% dos pacientes tratados, sendo que a melhora está relacionada com o número de tratamentos recebidos. Em 26% dos pacientes, o clareamento foi de 70 a 90%.
Os resultados mostram-se promissores, fornecendo mais uma arma no controle da doença.



A fototerapia é utilizada para tratar uma grande variedade de dermatoses. Desde o século passado a fototerapia tem sido utilizada em várias modalidades, com irradiação ultravioleta (UVA ou UVB). Está indicada para todos os tipo de dermatoses inflamatórias e com período crônico de evolução, demonstrando bons resultados terapêuticos. Pode ser utilizada como monoterapia ou associada a outras drogas, como retinóides, metotrexate, ciclosporina, com objetivo de diminuir o tempo de tratamento e as doses das medicações mencionadas.
Assim como qualquer outra modalidade terapêutica a fototerapia apresenta limitações, como o equipamento necessário, a disponibilidade do paciente em aderir ao tratamento e considerações clínicas como a dose cumulativa total dos raios UV e suas conseqüências. A fototerapia demanda alguns cuidados e acompanhamento criterioso para que se tenha a resposta terapêutica efetiva e não apresente efeitos indesejados que eventualmente possam ocorrer.

 A fototerapia também pode ser feita com o sol (PUVA-sol), porém a diferença é que nesta modalidade não temos como graduar a radiação, exigindo um atenção maior por parte do dermatologista e do paciente. Também apresenta bons resultados.
Um dos fatores de piora da psoríase são estresse e falta de exposição aos raios ultravioletas, por isso quando estes pacientes vão num passeio à praia a psoríase "milagrosamente" parece melhorar ou sumir. Neste momento, além de diminuir o grau de estresse, está acontecendo a "fototerapia", por isso então ocorre a melhora. Ao contrário, no inverno, as pessoas tendem a usar roupas mais cobertas e ficar em ambientes mais fechados, diminuindo desta forma a exposição aos raios do sol, havendo piora das lesões.
Em todas as situações, é muito importante o uso diário de hidratantes e substâncias que ajudem a manter a pele com menos escamas (como óleo mineral, vaselina salicilada).

Existe a possibilidade do tratamento com agentes biológicos para os casos graves da doença, que não são controlados com outra classe de medicamentos.
As terapias biológicas são tratamentos imunológicos que são frequentemente produzidos por engenharia genética. Actuam nos linfócitos T, que são o principal tipo de células que causa a inflamação na psoríase. Algumas terapias biológicas inibem a activação dos linfócitos. Outras previnem as substâncias que estas produzem a partir da sua libertação. Existem ainda outras que reduzem o número de linfócitos T. Independentemente do processo que está envolvido, estes fármacos têm sempre como alvo os linfócitos T ou uma acção combinada entre os linfócitos T e as células imunocompetentes (células de Langherans).
 Os dermatologistas prescrevem já há vários anos os fármacos imunossupressores ciclosporina e metotrexato. No entanto, contrariamente a estes medicamentos, as novas terapias biológicas apenas têm como alvo as partes específicas do sistema imunitário que estão envolvidas na psoríase. Estes agentes biológicos são proteínas de fusão, proteínas recombinantes ou anticorpos monoclonais. Estão presentemente a ser levado a cabo estudos clínicos com vários medicamentos, sendo que alguns (utilizados no tratamento da artrite psoriásica) já foram autorizados.
pontos chave:
  • As terapias biológicas são utilizadas para tratar doentes com psoríase moderada a grave e/ou artrite psoriásica que não tenham respondido a outros tratamentos.
  • Têm que ser administradas por injecção ou perfusão.
  • São eficazes em muitos doentes, mas a resposta ao tratamento varia (aproximadamente 30% não responde).
  • Os efeitos secundários a curto prazo são geralmente menores, apesar de poderem ocorrer reacções do tipo alérgico no local da injecção.
  • A segurança a longo prazo ainda está a ser avaliada.
  • Os tratamentos biológicos têm por alvo os linfócitos T ou têm uma acção combinada entre os linfócitos T e as células imunocompetentes.
O custo do uso de agentes biológicos é alto. Nos Estados Unidos e na Europa, esses medicamentos são subsidiados pelas seguradoras ou pelos governos. O tratamento chega a custar entre US$ 12.000 e US$ 20.000/ano, por paciente. Esse fato torna essa opção fora da nossa realidade.

5 comentários:

  1. A psoriase ama pessoas tristes e depressivas
    graças a Deus e a minha vontade de estar bem comigo mesma eu consegui controlar esta doença não estou curada mas tive uma melhora de 85%

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  2. Infelizmente descrobri que tenho psoríase há 6 meses. Em cada crise emocional minha piora porém o que mais me encomoda é no couro cabeludo pois no corpo consigo esconde-las porém no couro cabeludo não posso mais usar roupoas pretas e nem mexer muito no cabelo pois já cai muitas escamas . Já fui em vários médicos apenas a última fez uma biopsia e desobriu porém não acertou no remédio ainda

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  3. Eu tenho 53 anos,há 50 anos sou portadora de psoriase,hoje tenho mais umas companheiras como:ARTRITE PSORIÁSICA,FIBROMIALGIA,LOMBALGIA..sofri toda minha fase de criança,adolecência,juventude e continuo na fase adulta...a minha é agressiva,hoje tenho um controle melhor,mas sempre estou com ela na ativa,tenho palmo-plantar,couro cabeludo....mas tenho cicatrizeses de outros lugares no passado,pois elas migram.....

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  4. sou portadora de psoríase desde dos meus 2 anos de idade,hoje estou com 22 anos e ainda fico com vergonha desta doença que chega a atingir cerca de 5 milhões de brasileiros,tenho no couro cabeludo,e em 75% do meu corpo,estou atualmente fazendo auto hemoterapia 10 ml a cada 7 dias,estou anciosa para ver o resultado,infelismente não tem cura como sabemos,mas pode melhorar um pouco.Silvana,Pesqueira PE

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  5. meu marido tem psioriase ha 03 anos ,ele ja é nervoso por natureza mas o stress chegou no limite a fim de causar essa doença que som vem piorando,ja tomou medroxato ,hoje nao ha para comprar ,ja fez uso de varias pomadas daivobet,enfim toda medicaçao custa alto,mas nao cura ...agora nao esta nem amenizando ,o couro cabeludo so ferida no corpo esta avançando cada vez mais..ele esta tomando medicamento pra stress medicaço controlado mas so para nervosa ...me ajude por favor....

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