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terça-feira, 30 de novembro de 2010

O que é artrite?


Artrite significa inflamação nas juntas. Ela pode ocorrer em uma ou em várias articulações ao mesmo tempo e se caracteriza por inchaço, vermelhidão e dor persistente na região afetada. Esses são apenas alguns dos sintomas apresentados e podem indicar a manifestação de uma série de doenças. Um dos tipos mais comuns é a artrite reumatóide (AR).

Esse tipo de artrite tem como característica as inflamações freqüentes de várias juntas ao mesmo tempo. É uma doença crônica provocada por uma alteração do sistema imune, o responsável pela defesa do nosso organismo. Devido a essa alteração, em vez de apenas nos proteger contra vírus, bactérias e outros "agentes invasores", o sistema imune passa a atacar tecidos saudáveis, promovendo inflamações em algumas partes do corpo.

Geralmente, em portadores de artrite reumatóide, as inflamações começam na membrana que envolve parcialmente as articulações, conhecida como membrana sinovial. Se não diagnosticadas e tratadas adequadamente, essas inflamações causam lesões, que podem evoluir para cartilagens, ossos e outros órgãos, causando dor, perda dos movimentos e deformidades. 


No entanto, assim como as pessoas são muito diferentes entre si, a artrite reumatóide atinge os portadores da doença cada um de uma maneira. Por isso, para alguns ela pode se manifestar de forma branda e esporádica, enquanto que outros apresentam sintomas mais intensos e freqüentes. Além disso, existe hoje uma série de tratamentos e ações que podem aumentar a qualidade de vida dos pacientes, tornando o convívio com a doença mais fácil.

Causas e sintomas

Sabe-se que a artrite reumatóide é uma doença auto-imune, ou seja, uma patologia na qual o sistema de defesa da pessoa passa a atacar o próprio organismo. No entanto, os médicos ainda não têm conhecimento sobre o que desencadeia essa reação desequilibrada.

O que a medicina conseguiu apurar até agora é que a artrite reumatóide não é uma doença contagiosa nem passa diretamente de pais para filho. Na verdade, o que pode ser herdado geneticamente é a tendência a desenvolver a doença. Também têm sido feitos estudos para se verificar a influência de fatores externos e hormonais no aparecimento da AR.

O principal sintoma de quem tem artrite reumatóide são as dores persistentes nas juntas, que podem aparecer nas mãos, punhos, cotovelos, ombros, quadris, joelhos, tornozelos, pés e na mandíbula (articulação têmporo-mandibular). Essas dores são acompanhadas de inchaço e calor nas regiões afetadas e dificultam atividades do dia-a-dia, como escrever, se vestir e até mesmo dormir. Muitos pacientes se queixam de fadiga, febre, falta de apetite e rigidez matinal.

Embora com menos freqüência, existem casos em que ocorre secura na boca e nos olhos (síndrome de Sjögren), gerada pela inflamação das glândulas de saliva e lágrima. Outros sintomas raros são inflamações nos olhos (episclerite), nódulos embaixo da pele (nódulos reumatóides), inflamações das pleuras (revestimento dos pulmões), do pericárdio (revestimento do coração) e dos vasos sanguíneos (vasculite).

É muito importante consultar um médico ao notar o aparecimento ou persistência desses sintomas pois, quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, menores as chances de evolução da doença.

Tipos de artrite

Existem mais de 100 tipos de artrite, que podem ser a manifestação de doenças diferentes. Vamos conhecer um pouco mais sobre aquelas que afetam o maior número de pessoas:

A mais comum é a artrose (ou osteoartrite), que ataca geralmente os joelhos, quadris e as mãos, gerando o desgaste dessas articulações e causando mais dor durante os dias frios. Ela é mais comum em idosos, mas pode ser diagnosticada em pessoas mais jovens. A artrose também pode ser causada por uma infecção muito forte ou mesmo por um trauma na região afetada. 


Já a gota ocorre com mais freqüência em homens acima dos 40 anos e está relacionada com o aumento de ácido úrico no sangue. O excesso dessa substância no sangue provoca o acúmulo de cristais nos tecidos, em especial nas articulações e nos rins. Pacientes com gota devem ter um cuidado especial com a alimentação para evitar crises ou a evolução da doença para um quadro crônico. 


Mais comum em mulheres acima dos 30 anos, a fibromialgia atinge cerca de 5% da população e é um desafio para os médicos. Afinal, a doença causa dor nas juntas (e muitas vezes no corpo todo), fadiga e distúrbios no sono, mas não há como diagnosticá-la por meio de exames laboratoriais. Muitos pacientes passam por diversos consultórios antes de receber diagnóstico e tratamento adequados. 



 
A artrite também pode ser sintoma de lúpus eritematoso, uma doença auto-imune que afeta os tecidos de todo o organismo. O lúpus eritematoso é mais comum em mulheres jovens, em idade fértil, por isso acredita-se que seu aparecimento esteja ligado a alterações hormonais. Seus sintomas também variam de pessoa para pessoa e incluem manchas na pele, fadiga, dor e inflamação nas juntas. 



A artrite reumatóide juvenil é a forma mais comum de artrite em crianças e adolescentes e apresenta sintomas que variam de paciente a paciente. Não se conhecem suas causas, mas acredita-se que a tendência a desenvolvê-la seja transmitida hereditariamente e a doença seja desencadeada por fatores ainda desconhecidos. Quando diagnosticada e tratada corretamente, a criança tem a possibilidade de crescer e desenvolver-se normalmente. 



Já a artrite reumatóide atinge as mulheres com mais freqüência, porém todos podem desenvolvê-la. Seja em jovens ou idosos, a artrite reumatóide ocorre em todos os grupos étnicos e em todas as partes do mundo. Os sintomas apresentados variam de pessoa para pessoa, assim como a intensidade e a evolução da doença. Em todo este site você vai encontrar informações sobre a artrite reumatóide e como conviver com ela, melhorando sua qualidade de vida.


Diagnóstico

Normalmente, o diagnóstico da artrite reumatóide é feito pelo reumatologista, o médico especialista no tratamento das doenças que atingem as articulações e os ossos. A conversa entre médico e paciente é o ponto de partida para qualquer diagnóstico. É por meio dela que o médico fica sabendo dos sintomas e de outras ocorrências que podem ajudá-lo a chegar a algumas conclusões. A seguir, ele faz o exame físico para observar as juntas e a existência de outras evidências que indiquem o que está acontecendo.

Depois são realizados exames laboratoriais, que vão mostrar o grau das inflamações e outros fatores que podem identificar a natureza da artrite (se ela é causada por artrite reumatóide, artrose, lúpus etc). O médico também pede radiografias, que podem apresentar alterações ósseas próximas às articulações e outras lesões.

Geralmente, um paciente é diagnosticado como portador de artrite reumatóide quando apresenta, ao mesmo tempo:
  • artrite por mais de 6 semanas;
  • nódulos reumáticos sob a pele;
  • erosão das juntas nas radiografias;
  • resultado positivo no exame de sangue para um anticorpo conhecido com fator reumatóide.
No entanto, é possível que uma pessoa com artrite reumatóide tenha só alguns ou mesmo nenhum desses sintomas. Lembre-se que eles variam muito entre os pacientes e só mesmo um médico pode fazer o diagnóstico correto e decidir qual o melhor tratamento para cada caso.

Tratamento

A artrite reumatóide é uma doença crônica, isto é, vai acompanhá-lo ao longo de sua vida.

No entanto, ao receber o tratamento adequado, você evita ou minimiza os impactos da AR no organismo. Por isso, conversar com o médico regularmente, seguir suas orientações e tirar dúvidas é muito importante para que seu tratamento seja efetivo.

Além disso, a ciência tem conseguido avanços significativos tanto no entendimento da doença quanto na descoberta de medicamentos e terapias que garantem diminuição da dor, reduzem a progressão da doença e melhoram consideravelmente a qualidade de vida de quem tem AR.

Hoje existe uma variedade muito grande de medicamentos que são utilizados com sucesso no tratamento da artrite reumatóide. Isso acontece pois cada paciente desenvolve a doença de uma forma e, assim, o que serve para uma pessoa pode não fazer efeito em outra. Por isso, somente um médico pode identificar o que é melhor para seu caso, selecionando quais drogas são indicadas para você em cada momento do tratamento.

Os remédios para tratamento da artrite reumatóide são divididos em Medicamentos sintomáticos e Drogas modificadoras do curso da doença (DMARDs). Normalmente, o seu reumatologista irá indicar uma combinação de dois ou mais medicamentos, de acordo com as necessidades do seu organismo, e depois vai acompanhar suas respostas ao tratamento, solicitando exames periodicamente.

Para que seu tratamento seja satisfatório e atenda às suas expectativas, é muito importante que você leve em consideração os seguintes pontos:
  • alguns remédios chegam a demorar meses para que possamos perceber seus efeitos. Por isso, não pare o tratamento se não notar resultados e, principalmente, não faça isso sem o consentimento de seu médico;
  • todo medicamento, mesmo aqueles vendidos sem receita médica, pode causar efeitos colaterais. Assim, você deve relatar a seu médico qualquer reação inesperada durante o tratamento;
  • antes de começar a tomar os novos remédios, fale com seu médico sobre outros medicamentos que já esteja tomando e pergunte sobre as possíveis reações de cada droga que você terá de tomar;
  • a maioria dos medicamentos, seja qual for sua aplicação, não é recomendada para gestantes, por isso, fale com seu médico sobre métodos de controle de natalidade que você pode usar durante o tratamento e o que deve fazer quando decidir ter filhos;
  • conte sempre com seu médico, ele sempre será o principal aliado na busca pelas melhores opções de tratamento e uma melhor qualidade de vida.
Tratamentos alternativos

 fonte: site Sanofi Aventis

2 comentários:

  1. Parabéns! Excelente esclarecimento sobre artrite.
    Obrigada!

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  2. Oi!!!! meu nome é Rafaela tenho 23 anos moro no interior da Bahia descobrir hj q tinha a febre reumatica sinto muitas dores no joelho e nas juntas dos pes principalmente em dias frios... Adorei os esclarecimentos...

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