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sábado, 21 de janeiro de 2012

Cinco minutos que fazem a diferença

Ontem estava realizando um grupo de Obesidade numa unidade de Programa de Saúde da Família e fique muito feliz e surpresa que uma das participantes fez um relato de como estava feliz e como tinha feito para vencer sua ansiedade.

Em um de nosso encontros, além das infoemações  sobre dieta, alimentação correta, etc, disse que VONTADE DÁ E PASSA!; BASTA AGUARDAR 5 MINUTOS.

Estudos científicos já demosntraram que a vontade< por qualquer coisa, inclusive de comer, passa se aguardarmos cinco minutos. Muitas vezes até esquecemos que queríamos comer.



Conforme está definido no apêndice da quarta versão do Manual Diagnóstico e Estatístico da Associação
Psiquiátrica Americana (DSM IV – 1995), a expressão no Inglês binge eating está definida como: “Ingestão, em um curto período de tempo (por exemplo, cerca de duashoras), de uma quantidade de comida nitidamente maior do que a maioria das pessoas pode consumir em um período semelhante e em circunstâncias idênticas.” O “transtorno do binge”, oficialmente denominado transtorno da compulsão alimentar periódica, estaria definido pelos seguintes critérios, ainda segundo a DSM IV:


CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TRANSTORNO
DA COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA
A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um
episódio de compulsão alimentar apresenta as duas
características seguintes:
1. Ingestão, em um curto período de tempo (por exemplo, cerca de duas horas), de uma quantidade de
comida nitidamente maior do que a maioria das
pessoas pode consumir em um período semelhante
e em circunstâncias idênticas
2. Sensação de perda de controle sobre a ingestão
durante o episódio (por exemplo, sentimento de
que não pode parar de comer ou controlar o que
ou quanto está a comer).
B. Os episódios de ingestão compulsiva estão associados com três (ou mais) dos seguintes sintomas:
1. Comer muito mais rápido que o habitual
2. Comer até se sentir inconfortavelmente cheio
3. Comer grandes quantidades de comida apesar de
não sentir fome
4. Comer sozinho para esconder sua voracidade
5. Sentir-se desgostoso consigo próprio, deprimido ou
muito culpabilizado depois da ingestão compulsiva.
C. Profundo mal-estar marcado em relação às ingestões
compulsivas.
D. As ingestões compulsivas ocorrem, em média, pelo
menos dois dias por semana durante seis meses.

O TCAP pode ocorrer associado a várias condições clínicas e psiquiátricas.  Apesar de pouco freqüente, a associação entre o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e o TCAP tem sido relatada. Alguns autores defendem a continuidade entre os dois, enquanto outros propõem a sua independência com relação a aspectos psicopatológicos.


O tratamento do TCAP deve estar embasado nos 3 principais elementos de seu quadro clínico:
1. o comportamento alimentar alterado (compulsão
alilmentar e preocupação execessiva com  comida)
2. excesso de peso e obesidade
3. psicopatologia associada, principalmente os sintomas depressivos e a impulsividade.
Os tratamentos psicoterápicos, principalmente a
terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a terapia
inter-pessoal (TIP) já tiveram sua eficácia demonstrada no tratamento do TCAP , proporcionando uma
redução significativa da compulsão alimentar na maioria dos pacientes. A eficácia no controle do peso corporal, entretanto, não foi demonstrada com este tipo de tratamento

Esta experiência demonstra o que os artigos científicos já relatam, que os atendimentos em grupos são extremamente impostante para o tratamento da obesidade.


bibliografia: APOLINARIO, J.C. et al. Transtorno da compulsão alimentar periódica e transtorno obsessivo-compulsivo: partes de um mesmo espectro, Rev Bras Psiquiatr 2001;23(1):38-4.


COUTINHO, W.F. Avaliação e tratamento da compulsão alimentar no paciente obeso. einstein. 2006; Supl 1: S49-S5
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