Queridos visitantes,
Este blog está direcionado a informação sobre problemas ambientais e de saúde. Recebo muitos posts pedindo ajuda mas infelizmente não é possíve realizar "consultas virtuais". Mandem suas dúvidas mas não me peçam orientação de tratamento. Tentarei ajudar até o limite da ética. Obrigada

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Conhecendo a nossa pele

A pele (cútis ou tez), em anatomia, é o órgão integrante do sistema tegumentar (junto ao cabelo e pêlos, unhas, glândulas sudoríparas e sebáceas), que tem por principais funções a proteção dos tecidos subjacentes, regulação da temperatura somática, reserva de nutrientes e ainda conter terminações nervosas sensitivas.[1]
A pele é o revestimento externo do corpo, considerado o maior órgão do corpo humano e o mais pesado. Compõe-se da pele propriamente dita e da tela subcutânea

Anatomia

O nome anatómico internacional é cútis. A pele é o maior órgão do corpo humano, constituindo 15% do peso corporal, cobrindo quase todo o corpo à exceção dos orifícios genitais e alimentares, olhos e superfícies mucosas genitais.

Histologia

A pele apresenta três camadas: a epiderme, a derme e o hipoderme subcutâneo (tecnicamente externo à pele, mas relacionado funcionalmente). Há ainda vários órgãos anexos, como folículos pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas; ou penas, escamas e cascos.
A pele é praticamente idêntica em todos os grupos étnicos humanos. Nos indivíduos de pele escura, os melanócitos produzem mais melanina que naqueles de pele clara, porém o seu número é semelhante.
A pele é responsável pela termorregulação, pela defesa, pela percepção e pela proteção.Ela nos protege das doenças, porém não é 100% eficaz, podendo deixar entrar larvas de esquistossomos e do ancilóstomo.


Epiderme

A epiderme é uma camada com profundidade diferente conforme a região do corpo. Zonas sujeitas a maior atrito como palmas das mãos e pés têm uma camada mais grossa (conhecida como pele glabra por não possuirem pelos), e chegam a até 2 mm de espessura.
A epiderme é constituída por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado (células escamosas em várias camadas). A célula principal é o queratinócito (ou ceratinócito), que produz a queratina. A queratina é uma proteína resistente e impermeável responsável pela proteção. Existem também ninhos de melanócitos (produtores de melanina, um pigmento castanho que absorve os raios UV); e células imunitárias, principalmente células de Langerhans, gigantes e com prolongamentos membranares.
A epiderme não possui vasos sanguíneos, porque se nela houvesse vasos ficaria mais sujeita a ser "penetrada" por microorganismos. Os nutrientes e oxigénio chegam à epiderme por difusão a partir de vasos sanguíneos da derme.
- A epiderme apresenta várias camadas. A origem da multiplicação celular é a camada basal. Todas as outras são constituídas de células cada vez mais diferenciadas que, com o crescimento basal, vão ficando cada vez mais periféricas, acabando por descamar e cair (uma origem importante do que se acumula nos locais onde vivem pessoas ou outros seres vivos).
- Camada basal, é o mais profundo, em contacto com derme, constituído por células cúbicas pouco diferenciadas que se dividem continuamente, dando origem a todas as outras camadas. Contém muito pouca queratina. Algumas destas células diferenciam-se e passam para as camadas mais superficiais, enquanto outras permanecem na camada basal e continuam a se dividir. - Camada espinhosa: células cúbicas ou achatadas com mais queratina que as basais. Começam a formar junções celulares umas com as outras, como desmossomas e tight junctions (daí o aspecto de espinhos). - Camada granulosa: células achatadas, com grânulos de queratina proeminentes e outros como substância extracelular e outras proteínas (colagénios). - Camada lúcida: células achatadas hialinas eosinófilas devido a grânulos muito numerosos proteicos. Estas células libertam enzimas que as digerem. A maior parte já está morta (sem núcleo). Estão presentes na pele sem folículos pilosos (pele glabra). - Camada córnea: constituído de células achatadas eosinófilas sem núcleo (mortas) com grande quantidade de filamentos, principalmente queratinas.
- A junção entre a epiderme e a derme tem forma de papilas, que dão maior superfície de contacto com a derme e maior resistência ao atrito da pele.

Órgãos anexos da epiderme

  • Folículo piloso: produz uma estrutura maciça queratinizada, o pêlo, que é produzido por células especializadas na sua raiz, constituindo o bulbo piloso. Tem músculo liso erector e terminações nervosas sensitivas associadas. Os folículos pilosos dos bigodes de alguns animais como o gato são altamente especializados como órgãos dos sentidos.

Derme

A derme é um tecido conjuntivo que sustenta a epiderme. É constituído por elementos fibrilares, como o colágeno e a elastina e outros elementos da matriz extracelular, como proteínas estruturais, glicosaminoglicanos, íons e água de solvatação. Os fibroblastos são as células envolvidas com a produção dos componentes da matriz extracelular.
A derme é subdividida em duas camadas: a camada papilar em contacto com a epiderme, formada por tecido conjuntivo frouxo, e a camada reticular, constituída por tecido conjuntivo denso não modelado, onde predominam as fibras colagenosas. É na derme que se localizam os vasos sanguíneos e linfáticos que vascularizam a epiderme e também os nervos e os órgãos sensoriais a eles associados. Estes incluem vários tipos de sensores:
  1. Corpúsculo de Vater-Pacini, sensíveis à pressão.
  2. Corpúsculo de Meissner com função de detecção de pressões de frequência diferente.
  3. Corpúsculo de Krause, sensíveis ao frio (pele glabra).
  4. Órgão de Ruffini, sensíveis ao calor.
  5. Célula de Merckel, sensíveis a tacto e pressão.
  6. Folículo piloso, com terminações nervosas associadas.
  7. Terminação nervosa livre, com dendritos livres sensíveis à dor e temperatura.
A hipoderme, já não faz parte da pele. É constituída por tecido adiposo que protege contra o frio.
É um tecido conjuntivo frouxo ou adiposo que faz conexão entre a derme e a fáscia muscular e a camada de tecido adiposo é variável à pessoa e localização.
Funções: reservatório energético; isolante térmico; modela superfície corporal; absorção de choque e fixação dos órgãos.
Camadas
  • Areolar: superficial; adipócitos globulares e volumosos e numerosos e delicados vasos.
  • Lâmina fibrosa: separa a camada areolar da lamelar.
  • Lamelar: mais profunda; aumento da espessura com ganho de peso (hiperplasia).
  • Pele mista: ocorrência de pele graxa na zona central do rosto e pele alípica nas bochechas.

Fisiologia (função)

A pele é um órgão muito mais complexo do que aparenta. A sua função principal é a protecção do organismo das ameaças externas físicas. No entanto, ela tem também funções imunitárias, é o principal órgão da regulação do calor, protegendo contra a desidratação. Tem também funções nervosas, constituindo o sentido do tacto e metabólicas, como a produção da vitamina D.

Protecção física

A epiderme secreta proteínas e lípidos (a principal, é a queratina) que protegem contra a invasão por parasitas e a injúria mecânica e o atrito. Contra esta também é fundamental o tecido conjuntivo da derme, no qual os fibrócitos depositam proteínas fibrilares com propriedades de resistência à tracção e elasticidade, como os colagénios e a elastina. A melanina produzida pelos seus melanócitos protege contra a radiação, principalmente UV. Sua quantidade aumentada produz o bronzeamento da pele.

Proteção da desidratação

Uma das funções vitais da pele é a proteção contra a desidratação. Os seres humanos são animais terrestres, e necessitam proteger os seus corpos, compostos principalmente por água, contra a evaporação excessiva e desidratação e o subsequente choque hipovolémico e morte, que seriam inevitáveis num meio seco e quente. É comum vítimas de queimaduras graves entrarem em choque hipovolémico (sangue com pouco volume devido à perda de água) se perderem superfície cutânea extensamente. A pele protege da desidratação por dois mecanismos. As junções celulares como tight junctions e desmossomas dão coesão às células da epiderme e a sua superfície contínua de membrana lipídica impede a saída de água (que não se mistura com lípidos).

Regulação da temperatura corporal

A pele também é o principal órgão da regulação da temperatura corporal através de diversos mecanismos:
  1. Os vasos sangüíneos subcutâneos contraem-se com o frio e dilatam-se com o calor, de modo a minimizar ou maximizar as perdas de calor.
  2. Os folicúlos pilosos têm músculos que produzem a sua erecção com o frio ("pele de galinha"), aprisionando bolhas de ar estático junto à pele que retarda as trocas de calor - um mecanismo mais eficaz nos nossos antepassados mais peludos.
  3. As glândulas sudoríparas secretam líquido aquoso cuja evaporação diminui a temperatura superficial do corpo.
  4. A presença de tecido adiposo (gordura) subcutâneo protege contra o frio uma vez que a gordura é má condutora de calor.

Como órgão imunitário

A pele é um órgão importante do sistema imunitário. Ela alberga diversos tipos de leucócitos. Há linfócitos que regulam a resposta imunitária e desenvolvem respostas específicas; células apresentadoras de antigénio (histiócitos ou células de Langerhans) que recolhem moléculas estranhas (possíveis invasores) que levam para os gânglios linfáticos onde as presentam aos linfócitos CD4+; mastócitos envolvidos em reacções alérgicas e luta contra parasitas.

Funções metabólicas

As funções metabólicas da pele são importantes. É lá que é fabricada, numa reacção dependente da luz solar, a vitamina D, uma vitamina essencial para o metabolismo do cálcio e portanto na formação/manutenção saudável dos ossos.

Como órgão dos sentidos

Finalmente, a pele também é um órgão sensorial, constituindo o sentido do tacto. Ela apresenta numerosas terminações nervosas, algumas livres, outras com comunicação com órgãos sensoriais especializados, como células de Merckel, folículos pilosos. A pele tem capacidade de detectar sinais que criam as percepções da temperatura, movimento, pressão e dor. É um órgão importante na função sexual.

Ciclo celular da pele

A pele normal produz cerca de 1250 células por dia para cada centímetro quadrado e essas células são provenientes de 27000 células; a pele do doente de psoríase produz 35000 novas células a cada dia para cada centímetro quadrado e essas células provêm de 52000 células. A duração normal do ciclo celular da pele é de 311 horas, mas se reduz para 36 na pele psoriática.

Envelhecimento (rugas)

Quando há envelhecimento do indivíduo, são formados dois tipos de rugosidades na pele:
  1. Rugas de expressão
  2. Rugas de envelhecimento 
Os sulcos de expressão surgem em conseqüência da repetição constante de determinados movimentos faciais (como frangir a testa), ao passo que as de idade se originam por conta do afrouxamento da musculatura e da própria pele com influência da gravidade.
A Medicina estética cuida dos efeitos das rugas nas pessoas, quer através de cirurgias plásticas, quer através de tratamentos, como a aplicação da toxina botulínica, hidratantes, etc.

fonte: Wikipédia

Pesquisa revela preconceito com portadores de Psoríase


Pesquisa inédita feita em oito capitais revela o quanto a psoríase, uma doença que atinge 3% da população, ainda é cercada pelo medo e desconhecimento. Pessoas entrevistadas não hesitam em afirmar que evitariam contratar, frequentar a mesma piscina e até mesmo serem vistas na companhia de alguém com a doença. "Mais do que dificuldades para tratamento, pacientes se queixam de segregação", conta a chefe do serviço de dermatologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, a dermatologista Lúcia Arruda.

Feita pelo Ibope a pedido do laboratório Janssen-Cilag, a pesquisa apresentou aos entrevistados fotos de pacientes tanto com a forma leve quanto com a forma grave da psoríase. As reações eram de pena, tristeza e nojo, mesmo diante das imagens da doença no estágio mais ameno. O desejo de ficar longe de pacientes com a doença ficou evidente, principalmente entre homens. Das 602 pessoas entrevistadas, 83% disseram que não namorariam ou não manteriam relações sexuais com portadores de psoríase e 67% não levariam os filhos em pediatras com a doença.

Outros 63% disseram que não contratariam um portador de psoríase para um cargo de gerência. Os porcentuais foram encontrados quando entrevistados estavam diante de fotos da forma mais leve da doença. Em fotos de pacientes com estágio mais adiantado, a resistência encontrada foi maior. Confundida no passado com hanseníase, a psoríase está longe de ser contagiosa. As manchas vermelhas, que muitas vezes descamam, encontradas em várias partes do corpo, são provocadas por processo inflamatório.

"Vários fatores podem desencadear o problema: características hereditárias, reações a medicamentos, doenças respiratórias e até traumas emocionais", diz Lúcia. Quando o processo é disparado, células do sistema imunológico, as células T, passam a se replicar e a se diferenciar, levando a uma produção exagerada de citocinas, substâncias ligadas ao processo inflamatório. "Mesmo passado o estímulo, o organismo acaba guardando a memória dessa reação exagerada. Uma nova crise poderá vir, tão logo o paciente seja exposto a um fator desencadeante", afirma a professora.

O preconceito acaba se tornando mais um inimigo para essas pessoas. "Cria-se um círculo vicioso: o paciente que está num período de crise da doença nota a repulsa, o que aumenta o estresse e a dificuldade de o processo inflamatório ser debelado." Lúcia está convicta de que, para melhorar o problema, é preciso campanhas de esclarecimento. "As pessoas precisam ter em mente que a doença é controlável, acolher o paciente. Quanto mais bem aceito o portador se sentir, melhores as chances de uma crise não retornar."

Ela cita o caso de um cobrador de ônibus que muitas vezes apresenta a doença nas mãos. "As pessoas se recusam a receber o bilhete que ele entrega. Imagine o estresse diário." Algumas vezes, o funcionário pede para ser afastado. "Ele não tem incapacidade física, mas o sofrimento causado pela repulsa das pessoas é tão grande que ele prefere ficar longe do trabalho por um período. Quando a crise melhora, ele mesmo pede para voltar ao trabalho." Segundo dados do Consenso Brasileiro de Psoríase, até 60% dos pacientes com a doença sofrem de depressão.

"Esses índices mostram o quanto os pacientes com psoríase sofrem com o estigma provocado pela doença. Por desconhecimento da população, essas pessoas são vítimas de preconceito.", avalia Lúcia Arruda. O tratamento da psoríase é feito com uma série de medicamentos e técnicas, que variam de acordo com a resposta do paciente. "Muitas vezes fototerapia traz um bom resultado; outras vezes, pomadas. Em casos mais avançados, é preciso usar remédios que atuam no sistema imunológico. Os mais modernos são os biológicos. Mas todos têm de ser usado com bastante critério", completa Lúcia.


fonte: site Sociedade Brasileira de Dermatologia

Olheiras, como resolvê-las!


Atire os primeiros óculos escuros aquele que nunca amanheceu com olheiras. E que nunca buscou alguma receitinha milagrosa para acabar com o estrago da noite maldormida, da balada ou do excesso de trabalho. 

"Quem não mudar hábitos vai ter que chamar as olheiras de meu bem e conviver com elas", avisa o cirurgião plástico Nelson Letízio.

Mas nem só de maus hábitos são feitos os círculos escuros debaixo dos olhos.

"As olheiras têm um componente constitucional. Se a pessoa tem predisposição, terá o problema por mais que durma bem", diz Flávia Addor, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia - Regional São Paulo.

As causas têm relação com a circulação sanguínea e a pigmentação. A vasodilatação local faz o sangue extravasar e depositar na região pigmentos que dão a cor azulada e ferro, que escurece a pele quando oxida.

Além disso, algumas pessoas têm tendência à hiperpigmentação: produzem excesso de melanina, que se acumula em áreas da pele, formando manchas escuras.

TRATAMENTOS

Para essas olheiras crônicas, a saída são tratamentos com dermatologista. "Há soluções à base de hidroquinona ou alguns ácidos que tiram a pigmentação da pele", diz o oftalmologista Renato Neves, do Eye Care Hospital de Olhos, de São Paulo.

O clareamento dura algum tempo, mas, como os vasos sanguíneos continuam lá fazendo seu serviço, as olheiras acabam voltando.

Uma solução de mais longo prazo é o uso de laser para secar os vasos sob as pálpebras. Segundo Letízio, são feitas, em média, de três a seis sessões, com intervalos de um mês entre cada uma. O paciente usa um protetor de olhos em forma de meia concha e, se quiser, uma pomada anestésica.

A região pode ficar um pouco avermelhada e inchada, mas esses efeitos desaparecem em cerca de dois dias, de acordo com Letízio.

No caso de hiperpigmentação, é aplicada a luz pulsada, mais suave do que o laser usado para os vasinhos. O número de sessões vai depender do tom da pele.

Para a manutenção, não tem jeito: dormir bem e usar protetor solar são garantias para quem não quer acordar com cara de urso panda.

Quando a olheira não é crônica, soluções de emergência podem minimizar o estrago de noites em claro.

Compressas frias ajudam porque contraem os vasos. E o velho chá de camomila não é só folclore. "A camomila tem azuleno, uma substância com ação calmante. Mas, provavelmente, o maior efeito é causado pelo resfriamento da região", diz Addor.


A cantora e atriz Naíma Ferreira, 34, usa o chá gelado quando a coisa fica preta. Em cartaz em São Paulo com a peça "Zorro", tem que apelar a alguns truques para driblar o horário de coruja imposto pelo trabalho.

Além do chazinho, ela usa a maquiagem quando precisa disfarçar o estrago. "Uso um creme corretivo um tom mais claro do que a base. Aplico dando batidinhas com as pontas dos dedos, sem esfregar", conta Naíma.

O oftalmologista Renato Neves aprova o método. "Esfregar a região piora o aspecto das olheiras", afirma.

Os cremes antiolheira, também são uma saída para casos não crônicos. "Eles têm substâncias clareadoras, ingredientes que dão firmeza à pele e partículas que refletem a luz. O efeito não é duradouro, mas melhora a aparência", diz Addor.

fonte: site Sociedade Brasileira Dermatologia

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Psoríase com mais detalhes

A primeira coisa a saber é que você não é a única pessoa a ser atingida por esta doença. Assim como você,  190 milhões de pessoas em todo o mundo.
A psoríase é uma doença bastante comum: afeta de 1 a 3% da população mundial (cerca de 190 milhões de pessoas). Manifesta-se em homens e mulheres de todas as idades, inclusive em crianças.
Dia 29 de Outubro é o Dia Nacional de Combate à Psoríase.



Dicas para conviver melhor com a psoríase:

1) Elimine qualquer preconceito: a psoríase não é contagiosa - Ninguém pega psoríase pelo ar, piscina, toalhas, no ato sexual ou ao manter qualquer outra forma de contato com a pele.
Se você apresenta a doença, lembre-se: não há motivo para constrangimentos.
Por isso, é importante que as pessoas não tenham nenhum tipo de preconceito ao relacionar-se com um portador de psoríase.

2) Não deixe que a psoríase limite a sua vida -  a doença não deve impedir seu lazer, atividades sociais, exercícios físicos, viagens, alimentação, vida profissional, familiar e espiritual. Este é o objetivo do tratamento: proporcionar a retomada de todas as atividades normais de sua vida, de forma saudável. Sua qualidade de vida é a principal meta do tratamento proposto pelo dermatologista. Por isso o tratamento não pode ser tão sacrificante, que faça a pessoa lembrar o tempo todo que tem psoríase.


3) Anime-se: a ciência tem avançado bastante em relação à psoríase - Nos últimos 10 anos as pesquisas científicas em psoríase ganharam um grande impulso. Começou-se a entender mais sobre os mecanismos celulares, moleculares e genéticos da doença. Grandes laboratórios farmacêuticos têm investido para desenvolver remédios que atuam nas diversas fases do processo imunológico.

A importância de consultar um dermatologista
O diagnóstico e o tratamento serão corretos. Se você suspeita ter psoríase, procure um dermatologista. Ele é o melhor médico para cuidar de você: conhece bem a doença, e os melhores tratamentos para que você tenha a vida mais saudável. Ele vai ajudá-lo diminuindo a quantidade e a duração de cada crise. Isto significa que você pode aproveitar melhor a sua vida social.
A psoríase pode ser confundida com outras doenças de pele Muitas doenças podem se parecer com a psoríase, como micoses, alergias e cânceres de pele. Além disso, a psoríase pode se manifestar de formas diferentes, como pontos de pus, coceiras, descamações, espessamento da pele dos pés, alterações nas unhas, nos cabelos, dor nas juntas, entre outras.Estas diferenças podem ser sutis e somente o dermatologista é capaz de identificá-las e oferecer-lhe o melhor tratamento.
Nem sempre a manifestação das lesões será igual Às vezes, aparecem novas lesões, diferentes daquelas que você tinha. Mesmo que sejam discretas, elas não devem ser ignoradas. Retorne ao dermatologista: é mais fácil controlar as alterações na pele quando estão no início.
As fases da melhora precisam ser acompanhadas A psoríase é uma doença crônica (que permanece por muito tempo), como diabetes e pressão alta. Se as lesões desapareceram, estão sob controle. Mas elas podem voltar a aparecer. A psoríase é uma doença de causa genética. Quando adequadamente controlada, tem menor chance de reaparecimento.
Confie no seu dermatologista Antes de mais nada, confie no seu dermatologista. Não tenha vergonha: tire todas as suas dúvidas. O dermatologista vai ouvi-lo atentamente, sem pressa ou preconceitos.
Sinta-se à vontade para conversar sobre os desconfortos que a doença causa e como ela afeta a sua vida profissional, familiar e social. Todas as informações são importantes.É através delas que o dermatologista poderá planejar o melhor tratamento, considerando o tipo de psoríase, sua gravidade, seu estilo de vida e outros problemas de saúde.
Não use medicamentos por conta própria. O dermatologista avaliará qual remédio é mais adequado ao seu tipo de psoríase, levando em consideração o seu estilo de vida e os possíveis efeitos colaterais de cada medicamento.
No Brasil, existem algumas associações e grupos de apoio aos pacientes com Psoríase:

Associações de pacientes
Pessoas com psoríase se unem e formam associações de pacientes, com o objetivo de trocar informações sobre como conviver melhor com a doença, compartilhar suas experiências e incentivar uns aos outros com as vitórias alcançadas.
Você pode e deve levar uma vida normal. Encarar a doença de frente, procurar a ajuda de um dermatologista e fazer o tratamento corretamente.
Nós da comunidade Psoríase on-line apoiamos e parabenizamos essas pessoas que assim como você procuram vencer o preconceito e viver bem!
Conheça algumas dessas associações, participe, junte-se a elas, crie uma associação!
Converse com seu dermatologista, ele com certeza o apoiará nessa iniciativa!
ABEAPP - Associação Brasileira de Estudos e Assistência às pessoas com psoríase
Contato: Deborah Martinez Griebler
Telefone: (11) 3751-4984
E-mail: contato@abeapp.org.br
Site: www.abeapp.org.br

Se você tiver interesse em formar uma associação de pacientes com psoríase, entre em contato com Débora Martinez Griebler. Ela é a presidente da ABEAPP e coloca-se à disposição para lhe dar consultoria e apoio nessa iniciativa!
ABRAPSE - DF - Associação Brasiliense de Psoríase
Contato: Haroldo Tajra
Telefone: (61) 9976-0573
E-mail: hftajra@uol.com.br
Site: www.abrapse.pop.com.br
AMAPP - MG - Associação Mineira de Apoio aos Pacientes de Psoríase -MG
E-mail: amapp@fhemig.mg.gov.br
APAM - AM - Associação de Psoríase do Amazonas - AM
Telefone: (0XX92) 3663-5955
Centro Brasileiro de Psoríase - SP
Endereço: Praça Amadeu Amaral, 47 4ºandar conj.47 - Paraíso - São Paulo
Telefone: (11) 3284-6662 e (11) 3288-3607

O Centro Brasileiro de Psoríase oferece mensalmente palestras gratuitas em sua sede para informar sobre a doença, cuidados, avanços nas pesquisas internacionais, tratamentos atuais e sobre o aspecto emocional na psoríase.
PSORIERJ - Associação dos Amigos dos Portadores de Psoríase do Rio de Janeiro
Contato: Alessandra Pacheco
Telefone: (21) 3657-8939
Site: www.psorierj.org.br

Reuniões Todo último sábado de cada mês no próprio localSite.
PSORISUL– Associação Nacional dos Portadores de Psoríase
Contato: Gladis Lima
Telefone: (51) 3337-3135
E-mail: psorisul@psorisul.org.br
Site: www.psorisul.org.br
Mitos e verdades A informação correta é a melhor forma de esclarecer os mitos sobre as doenças.


Elimine qualquer preconceito: a psoríase não é contagiosa
Ninguém pega psoríase pelo ar, piscina, toalhas, no ato sexual ou ao manter qualquer outra forma de contato com a pele. Se você apresenta a doença, lembre-se: não há motivo para constrangimentos.
Por isso, é importante que as pessoas não tenham nenhum tipo de preconceito ao relacionar-se com um portador de psoríase.


É uma doença genética
A psoríase acontece devido a um erro na programação genética da pessoa. Ou seja, nasce com o seu portador, podendo se manifestar externamente em qualquer fase da vida.

Pode ser transmitida de pai para filho
Uma das características da psoríase é sua hereditariedade. Assim, existem famílias em que a psoríase é muito comum entre irmãos, primos, pais e filhos, etc. Em outras famílias, a doença simplesmente não aparece.

É uma doença crônica, com fases de melhora e outras de piora
Os tratamentos diminuem as lesões nos momentos de piora e mantêm o paciente o máximo de tempo possível sem lesões na pele (é o que se chama de remissão).
A remissão da doença pode durar dias, meses, anos ou mesmo toda a vida. Tem-se então a impressão de cura, apesar da psoríase ser uma doença crônica.


Tomar banho de sol melhora as lesões
80 % dos portadores de psoríase apresentam melhora nas lesões após tomar banhos de sol. Portanto, é importante freqüentar praias, balneários ou qualquer outro local que permita exposição ao sol.
Mas cuidado: queimaduras solares podem piorar a doença. Use um protetor solar adequado ao seu tipo de pele, e evite tomar sol entre 10:00h e 15:00h.


Vale a pena usar hidratantes
Todos os pacientes portadores de psoríase se beneficiam com a utilização de hidratantes potentes nas áreas lesadas. Eles melhoram a descamação e evitam as rachaduras.

Estresse e outros fatores externos pode desencadear a doença
Não se conhece com detalhes os processos que desencadeiam a doença em pessoas saudáveis. O que se sabe é que a psoríase pode ser precipitada por fatores externos, como infecções, traumatismos, uso de medicamentos, estresse físico ou psicológico.


Alguns medicamentos:
Existem remédios que podem levar ao surgimento ou piora das lesões. Entre eles, estão alguns medicamentos especiais para tratar a pressão arterial, problemas psiquiátricos, malária e hepatite.
Cuidado com remédios a base de cortisona injetáveis ou tomados via oral. Eles provocam melhora imediata da psoríase, mas causam grande piora posterior.


Álcool e cigarro pioram a doença
Pioram ou até mesmo desencadeiam a psoríase.


Não há restrição de alimentação
Lembre-se: sempre é recomendável uma dieta balanceada, rica em frutas, legumes e verduras. Isso ajuda na recuperação. Não há restrições na alimentação do portador de psoríase. Mas, fique atento: alimentos ricos em gordura interferem na absorção de alguns medicamentos usados no tratamento das lesões.
Existem estudos mostrando que indivíduos obesos tendem a apresentar mais psoríase que os magros. Portanto, procure manter o peso ideal.
Faça exercícios físicos e procure evitar ao máximo situações e hábitos estressantes.
Não esqueça: repouso e lazer são muito importantes.

Tratamentos alternativos sem comprovação científica não garantem resultados
Médicos ou outros profissionais podem oferecer tratamentos alternativos para a psoríase. É certo que estes tratamentos têm bons efeitos psicológicos sobre as pessoas, podendo produzir um alívio temporário. Porém, muitos deles não são comprovados cientificamente.

Vale a pena trocar experiências com outros portadores de psoríase
Existem associações que permitem a reunião de portadores de psoríase. Durante os encontros, você pode aprender como viver com mais qualidade e resolver problemas decorrentes da doença.

Links interessantes:

http://www.psoriaseonline.com.br/pc/dermatologia/psoriase/web/default.asp

http://www.psoriasis.org/home/

http://www.sbd.org.br








fonte: Site Psoríase online







domingo, 24 de outubro de 2010

Presente e Futuro da Dermatologia

No Brasil, a partir da década de 50, houve o início de um processo de abertura de cursos de Medicina privado, sendo crescente até o final da década de 90. Entre 2000 e 2002, houve o maior número de abertura de escolas privadas de Medicina. Atualmente, forma-se no Brasil, 10.000, sendo uma proporção média de 1 médico/ 662 habitantes, sendo que a Organização Mundial de Saúde preconiza 1 médico/1.000 habitantes.


Paralelamente as mudanças ocorridas, o profissional dermatologista passou a ser valorizado, pelo avanço das pesquisas na área da cosmiatria e a crescente busca desmedida pela beleza, em contaposição ao raciocínio clínico. (Gontijo, 2006). O que se vê hoje, é uma desvalorização da Dermatologia clínica em prol da Estética, sendo essa desvalorização iniciada desde a graduação.

As escolas de Medicina no Brasil não valorizam o ensino da área da Dermatologia, apesar da demanda dos alunos e da prática clínica.

Lamentavelmente, contudo, muitos aproveitam tais oportunidades para a promoção pessoal. O que passa pela cabeça do leigo ao ver o dermatologista posar ao lado do seu carro importado do ano ou exibir seu closet repleto de sapatos e roupas de grife? Uma imagem de sucesso, sem dúvida, já que esses valores são erroneamente levados em conta como sinônimo de competência profissional. Mas o pior risco é o de sermos reduzidos aos olhos do público a médicos frívolos, profissionais que se ocupam apenas de detalhes de embelezamento. A dermatologia não pode, definitivamente, se deixar estigmatizar como uma especialidade restrita a procedimentos estéticos. Deve manter sua identidade clínico-patológica, razão maior de sua existência, como de resto de qualquer outra especialidade médica.


A banalização do ato médico, com pacientes expostos em programas de televisão para a demonstração de novas técnicas de tratamento, é uma das grandes responsáveis pela deturpação da especialidade. Transmite-se, falsamente, a idéia de que os atos são simples, podendo ser realizados em qualquer ambiente e sob quaisquer condições. Assim, não pode causar estranheza o fato de que algumas dessas modalidades terapêuticas já sejam oferecidas até mesmo em salões de beleza. Se não valorizarmos nossa especialidade, ninguém o fará por nós.

 A dermatologia, sendo a pele o maior órgão do corpo, apresente mais interfaces com outras especialidades do que qualquer outra área médica. E como decorrência de nossa expansão como especialidade, passamos a atuar em segmentos anteriormente restritos à cirurgia plástica ou cirurgia oncológica, para ficar apenas nesses dois exemplos. A mesma dermatologia, que em um passado não tão remoto queixava-se da invasão de outros especialistas, meros prescritores de "creminhos e pomadinhas", estendia agora seus tentáculos, ampliando seus domínios.

A resposta das demais especialidades não se fez esperar. Ao reluzir como ouro em um cenário de devastação, a dermatologia se viu invadida por egressos de várias outras especialidades médicas. Muitos dos alunos que se matriculam nos famigerados cursos de fim de semana são ginecologistas, pediatras, endocrinologistas e anestesistas, entre outros. Que razões os levam a tal atitude?

O CFM e a AMB reconhecem 59 especialidades, dentre elas a dermatologia e suas três áreas de atuação: cirurgia dermatológica, hansenologia e cosmiatria. Inexiste, portanto, a tão propalada especialidade"medicina estética". Embora desprovida de existência legal, a medicina estética, na prática, é exercida por muitos, médicos e não-médicos. Em alguns casos, sabe-se lá como.

A sociedade deve ficar atento aos profissionais que atuam na área da Dermatologia, principalmente, na área da Estética. Certifique-se da formação deste profissional e não confie nas propostas milagrosas.

fonte: Anais Brasileiro de Dermatologia

sábado, 23 de outubro de 2010

O que você ganha parando de fumar?


A pessoa que fuma fica dependente da nicotina. Considerada uma droga bastante poderosa, a nicotina atua no sistema nervoso central como a cocaína, com uma diferença: chega ao cérebro em apenas 7 segundos - 2 a 4 segundos mais rápido que a cocaína. É normal, portanto, que, ao parar de fumar, os primeiros dias sem cigarros sejam os mais difíceis, porém as dificuldades serão menores a cada dia.



Porque as pessoas fumam?
Vários são os fatores que levam as pessoas a experimentar o cigarro ou outros derivados do tabaco. A maioria delas é influenciada principalmente pela publicidade maciça do cigarro nos meios de comunicação de massa que, apesar da lei da restrição a propaganda de produtos derivados do tabaco sancionada em dezembro de 2000, ainda tem forte influência no comportamento tanto dos jovens como dos adultos. Além disso, pais, professores, ídolos e amigos também exercem uma grande influência.

Pesquisas entre adolescentes no Brasil mostram que os principais fatores que favorecem o tabagismo entre os jovens são a curiosidade pelo produto, a imitação do comportamento do adulto, a necessidade de auto-afirmação e o encorajamento proporcionado pela propaganda. Noventa por cento dos fumantes iniciaram seu consumo antes dos 19 anos de idade, faixa em que o indivíduo ainda se encontra na fase de construção de sua personalidade.


 Conheça o cigarro por dentro
 A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.700 substâncias tóxicas diferentes; que constitui-se de duas fases fundamentais: a fase particulada e a fase gasosa. A fase gasosa é composta, entre outros por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína. A fase particulada contém nicotina e alcatrão.

O alcatrão é um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas, formado à partir da combustão dos derivados do tabaco. Entre elas, o arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, resíduos de agrotóxicos, substâncias radioativas, como o Polônio 210, acetona, naftalina e até fósforo P4/P6, substâncias usadas para veneno de rato.

O monóxido de carbono (CO) tem afinidade com a hemoglobina (Hb) presente nos glóbulos vermelhos do sangue, que transportam oxigênio para todos os órgãos do corpo. A ligação do CO com a hemoglobina forma o composto chamado carboxihemoglobina, que dificulta a oxigenação do sangue, privando alguns órgãos do oxigênio e causando doenças como a aterosclerose.

A nicotina é considerada pela Organização Mundial da Saúde/OMS uma droga psicoativa que causa dependência. A nicotina age no sistema nervoso central como a cocaína, com uma diferença: chega em torno de 9 segundos ao cérebro. Por isso, o tabagismo é classificado como doença estando inserido no Código Internacional de Doenças (CID-10) no grupo de transtornos mentais e de comportamento devido ao uso de substância psicoativa. Além disso, a nicotina aumenta a liberação de catecolaminas, causando vasoconstricção, acelerando a freqüência cardíaca, causando hipertensão arterial e provocando uma maior adesividade plaquetária. A nicotina juntamente com o monóxido de carbono, provoca diversas doenças cardiovasculares. Além disso, estimula no aparelho gastrointestinal a produção de ácido clorídrico, o que pode causar úlcera gástrica. Também desencadeia a liberação de substâncias quimiotáxicas no pulmão, que estimulará um processo que irá destruir a elastina, provocando o enfisema pulmonar.






As estatísticas revelam que os fumantes comparados aos não fumantes apresentam um risco
• 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão
• 5 vezes maior de sofrer infarto
• 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar
• 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral
Se parar de fumar agora...
• após 20 minutos sua pressão sangüínea e a pulsação voltam ao normal
• após 2 horas não tem mais nicotina no seu sangue
• após 8 horas o nível de oxigênio no sangue se normaliza
• após 2 dias seu olfato já percebe melhor os cheiros e seu paladar já degusta a comida melhor
• após 3 semanas a respiração fica mais fácil e a circulação melhora
• após 5 A 10 anos o risco de sofrer infarto será igual ao de quem nunca fumou
Quanto mais cedo você PARAR DE FUMAR menor o risco de se dar mal. Quem NÃO fuma aproveita MAIS a vida!

Não tenha medo!
Dos sintomas da síndrome de abstinência
O organismo volta a funcionar normalmente sem a presença de substâncias tóxicas e alguns fumantes podem apresentar (varia de fumante para fumante) sintomas de abstinência como fissura (vontade intensa de fumar) dor de cabeça, tonteira, irritabilidade, alteração do sono, tosse, indisposição gástrica e outros. Esses sintomas, quando se manifestam, duram de 1 a 2 semanas.

Da recaída
A recaída não é um fracasso. Comece tudo novamente e procure ficar mais atento ao que fez você voltar a fumar. Dê várias chances a você... até conseguir. A maioria dos fumantes que deixaram de fumar fez em média 3 a 4 tentativas até parar definitivamente.

De engordar
Se a fome aumentar, não se assuste, é normal um ganho de peso de até 2 kg, pois seu paladar vai melhorando e o metabolismo se normalizando. De qualquer forma, procure não comer mais do que de costume. Evite doces e alimentos gordurosos. Mantenha uma dieta equilibrada com alimentos de baixa caloria, frutas, verduras, legumes etc. Prefira produtos diet / light e naturais. Beba sempre muito líquido, de preferência água e sucos naturais. Evite café e bebidas alcoólicas. Eles podem ser um convite ao cigarro.

O mais importante é escolher uma data para ser o seu primeiro dia sem cigarro. Este dia não precisa ser um dia de sofrimento. Faça dele uma ocasião especial e procure programar algo que goste de fazer para se distrair e relaxar. 

Parada Imediata
Você marca uma data e nesse dia não fumará mais nenhum cigarro. Esta deve ser sempre sua primeira opção.



Escolha um método
Parada Gradual
Você pode utilizar este método de duas formas:


Reduzindo o número de cigarros. Por exemplo: Um fumante de 30 cigarros por dia, no primeiro dia fuma os 30 cigarros usuais.
      no segundo - 25
      no terceiro - 20
      no quarto - 15
      no quinto - 10
      no sexto - 5
      O sétimo dia seria a data para deixar de fumar e o primeiro dia sem cigarros.


Retardando a hora do primeiro cigarro
      Por exemplo: no primeiro dia você começa a fumar às 9 horas,
      no segundo às 11 horas,
      no terceiro às 13 horas,
      no quarto às 15 horas,
      no quinto às 17 horas,
      no sexto às 19 horas,
      no sétimo dia seria a data para deixar de fumar e o primeiro dia sem cigarros

A estratégia gradual não deve gastar mais de duas semanas para ser colocada em prática, pois pode se tornar uma forma de adiar, e não de parar de fumar. O mais importante é marcar uma data-alvo para que seja seu primeiro dia de ex-fumante. Lembre-se também que fumar cigarros de baixos teores não é uma boa alternativa. Todos os tipos de derivados do tabaco (cigarros, charutos, cachimbos, cigarros de Bali, etc) fazem mal à saúde.

Caso não consiga parar de fumar sozinho, procure orientação médica. Cuidado com os métodos milagrosos para deixar de fumar.


Cuidado com as armadilhas
Nos momentos de stress
Procure se acalmar e entender que momentos difíceis sempre vão ocorrer e fumar não vai resolver seus problemas.

Sentindo vontade de fumar
A vontade de fumar não dura mais que alguns minutos. Nesses momentos, para ajudar, você poderá chupar gelo, escovar os dentes a toda hora, beber água gelada ou comer uma fruta. Mantenha as mãos ocupadas com um elástico, pedaço de papel, rabisque alguma coisa ou manuseie objetos pequenos. Não fique parado - converse com um amigo, faça algo diferente que distraia sua atenção.


Exercícios de relaxamento

São um ótimo recurso saudável para relaxar. Faça a respiração profunda: respire fundo pelo nariz e vá contando até 6, depois deixe o ar sair lentamente pela boca até esvaziar totalmente os pulmões. Relaxamento muscular: estique os braços e pernas até sentir os músculos relaxarem.


Proteja-se ... após parar de fumar uma simples tragada pode levar você a uma recaída. Evite o primeiro cigarro e você estará evitando todos os outros!

*Fonte INCA

Informe-se: como doar sangue de cordão umbilical


30/07/2010 | Fundação do Câncer

O sangue de cordão umbilical e placentário (SCUP) é muito utilizado no tratamento a pacientes que necessitam do transplante de medula óssea porque possui uma grande concentração de células-tronco hematopoéticas, responsável pela produção de sangue no nosso organismo. Para ajudar a salvar vidas, muitas mães doam o sangue do cordão de seus bebês para os bancos públicos que compõem a Rede BrasilCord. A doação é realizada em maternidades credenciadas.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a coleta do material acontece na Maternidade Municipal Carmela Dutra, Hospital Naval Marcílio Dias e na Pró Matre. Essas unidades de Saúde possuem equipes de enfermeiras especializadas e capacitadas para a triagem e coleta de SCUP. Após a coleta, a quantidade de sangue, que varia entre 70 e 100 ml, é congelada e armazenada para ser utilizada quando este material for compatível com as necessidades de um paciente.
Mais informações em http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=2469

O que são Nevus Melanocíticos?

As lesões conhecidas como "pintas" ou "verrugas" são, na verdade, lesões conhecidas com Nevus. Os nevus podem surgir desde o nascimento até em torno de 40 anos de idade. São células diferenciadas na pele que dão inclusive a cor das lesões. Essas células ficam na espessura da pele, podendo ficar nas camadas mais profundas da pele ou em camadas mais superficiais.




Normalmente o nevo surge com uma mancha escura , sem relevo, e com o passar dos anos se torna elevada (com relevo) e vai ficando mais clara. Essa evolução é normal que aconteça.


Existem  vários tipos de nevus.Existe uma forma de nevo melanocítico chamada de nevo melanocítico congênito que, em alguns casos, pode ser de grande dimensão, formando uma mancha elevada, rugosa, de coloração marrom ou negra e, geralmente, recoberta por pêlos. Quando atingem áreas muito extensas do corpo recebem a denominação de nevo congênito gigante.

Outra forma é o nevo displásico, que tem como característica lesões cuja coloração não é uniforme e pode variar do róseo ao negro, o tamanho é maior, as bordas são irregulares e a pigmentação também. Podem existir em grande número na mesma pessoa e ocorrer em mais de um membro da família.

 Estas lesões têm um potencial de malignização, principalmente em pessoas que na infância ficaram muito expostas ao sol, ou que tem casos na família de cancêr de pele.

E como reconhecer se uma lesão névica está malignizando?
Você pode fazer o acompanhamento de suas lesões através da aobservação de quatro características:
A - assimetria: dividindo a lesão em 4 partes, tem os quadrantes iguais;
B - borda: as bordas são bem definidas
C- cor: a lesão apresenta uma cor homogênea
D- diâmetro: são lesões que tem até 0,6cm de tamanho ou que estão crescendo muito rápido ( em semanas, por exemplo)
Observe no exeemplo abaixo:


Na dúvida, é claro, confie em seu dermatologista e peça uma avaliação! E não se esqueça do protetor solar, SEMPRE!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Abuso de alcool, tabaco e drogas


O consumo de álcool, tabaco e outras drogas está presente em todos os países do mundo. Mais da metade da população das Américas e da Europa já experimentou álcool alguma vez na vida e cerca de um quarto é fumante.
O consumo de drogas ilícitas atinge 4,2% da população mundial.
A maconha é a mais consumida (144 milhões de pessoas), seguida pelas anfetaminas (29 milhões), cocaína (14 milhões) e os opiáceos (13,5 milhões, sendo 9 milhões usuários de heroina.
As complicações clínicas e sociais causadas pelo consumo de tais substâncias são hoje bem conhecidas e consideradas um problema de saúde pública. O tabaco foi o maior fator responsável pelas mortes nos Estados Unidos, em 1990, contribuindo substancialmente para as mortes relacionadas à neoplasias, doenças cardiovasculares, doenças pulmonares, baixo peso ao nascimento e queimaduras. O aumento do consumo de álcool está diretamente relacionado à ocorrência de cirrose hepática, transtornos mentais, síndrome alcoólica fetal, neoplasias e doenças cardiovasculares. Cerca de 3% dos indivíduos que procuram atendimento de emergência com queixa de angina pectoris, no Canadá, relataram consumo prévio de cocaína. Os médicos têm facilidade para identificar e abordar tais complicações, no entanto, o uso nocivo e a dependência de substâncias psicoativas são pouco diagnosticadas. Tais categorias nosológicas são pouco abordadas durante a formação médica. O resultado é um conhecimento deficiente sobre um assunto que repercute cotidianamente em todas as especialidades médicas.
Entretanto, as inovações diagnósticas introduzidas nas últimas décadas, as investigações acerca da história natural da doença, bem como as novas técnicas terapêuticas (especialmente as intervenções breves) tornaram a dependência de substâncias psicoativas um assunto menos complexo e passível de ser conduzido por um espectro maior de profissionais. Desse modo, todos os profissionais da saúde tornaram-se fundamentais para o tratamento dos indivíduos portadores de tal condição.Boa parte dos dependentes químicos entram em contato com o sistema de saúde devido a complicações decorrentes do seu consumo. Desse modo, o médico generalista é o seu primeiro contato com a rede de atendimento. Torna-se, desse modo, fundamental para o estabelecimento do diagnóstico precoce e para a motivação destes indivíduos a buscar ajuda especializada. Eis a importância do médico de todas as especialidades para a qualidade de vida destes indivíduos.
CONCEITOS BÁSICOS
Substâncias com potencial de abuso são aquelas que podem desencadear no indivíduo a auto-administração repetida, que geralmente resulta em tolerância, abstinência e comportamento compulsivo de consumo. Tolerância é a necessidade de crescentes quantidades da substância para atingir o efeito desejado. As substâncias com potencial de abuso discutidas neste conjunto de diretrizes são agrupadas em oito classes: álcool, nicotina, cocaína, anfeta minas e êxtase, inalantes, opióides, ansiolíticos benzodiazepínicos e maconha
O conceito atual de dependência química é descritivo, baseado em sinais e sintomas. Isso lhe conferiu objetividade. O novo conceito, além de trazer critérios diagnósticos claros, apontou para a existência de diferentes graus de dependência, rejeitando a idéia dicotômica anterior (dependente e não-dependente).
Desse modo, a dependência é vista como uma síndrome, determinada a partir da combinação de diversos fatores de risco, aparecendo de maneiras distintas em cada indivíduo. Veja algumas das principais ideias:
HÁ DIFERENTES PADRÕES DE CONSUMO E RISCOS RELACIONADOS
O novo conceito dos transtornos relaciona dos ao uso de álcool e outras drogas rejeitou a ideia da existência apenas do dependente e do não-dependente. Existem, ao invés disso, padrões individuais de consumo que variam de intensidade ao longo de uma linha contínua.
Qualquer padrão de consumo pode trazer pro blemas para o indivíduo. Desse modo, o consumo de álcool em baixas doses, cercado das precauções necessárias à prevenção de acidentes relacionados, faz deste um consumo de baixo risco. Há indivíduos que bebem eventualmente, mas são incapazes de controlar ou ade quar seu modo de consumo. Isso pode levar a problemas sociais (brigas, faltas no emprego), físicos (acidentes) e psicológicos (heteroagressi vidade). Diz-se que tais indivíduos fazem um uso nocivo do álcool. Por fim, quando o consumo se mostra compulsivo e destinado à evitação de sintomas de abstinência e cuja intensidade é capaz de ocasionar problemas sociais, físicos e ou psicológicos, fala-se em dependência.
SUPORTE SOCIAL
O suporte social é fundamental para a melhora do prognóstico dos dependentes de substâncias psicoativas. Uma investigação completa deve abordar a situação do indivíduo no emprego e na família, a estabilidade do núcleo familiar e a disponibilidade desta para cooperar no tratamento do paciente. Caso não haja tal apoio, uma rede de suporte social deverá ser organizada. O serviço social é o mais indicado para auxiliar o médico nessa tarefa.
Todo o dependente passa por estágios de motivação 

A dependência não é uma condição imutável, marcada por problema de personalidade, do qual o indivíduo estará para sempre refém. Desse modo, todo o dependente pode ser moti vado para a mudança. Motivação é um estado de prontidão para a mudança, flutuante ao longo do tempo e passível de ser influenciado por outrém.
Durante o período da vigência do consumo, o dependente de substâncias psicoativas pode passar por estágios motivacionais. Para cada estágio há uma abordagem especial. Desse modo, determinar as expectativas em relação ao tratamento e o estágio motivacional fazem parte da avaliação inicial e são impor tantes para o planejamento terapêutico do pa ciente. Os estágios motivacionais são apresen tados a seguir (Tabela 1).



O diagnóstico de dependência consiste na obtenção de três perfis básicos: 1) o padrão de consumo e a presença de critérios de dependência;
2) a gravidade do padrão de consumo e como ele complica outras áreas da vida; e
3) a motivação para a mudança.
O padrão de consumo de álcool do indivíduo é a questão central. A partir desta, pode-se notar, progressivamente, uma redução do controle sobre o consumo, invadindo várias áreas de sua vida, como perda do controle; um aumento progressivo do consumo, ou tolerância; o surgimento de sintomas de abstinência e um padrão diário de consumo, com a finalidade de evitá-los, alívio ou evitação. Avaliando outras áreas de sua vida, nota-se uma piora progressiva na qualidade e na quantidade de relacionamentos, estreitamento, e o beber invadindo cada vez mais áreas que o paciente valorizava anteriormente, como desempenho escolar, amigos, namoro, emprego. A internação voluntária parece indicar que o paciente tem alguma motivação para o tratamento. A importância de se obter esses três critérios está relacionada ao planejamento da abordagem terapêutica. Para cada indivíduo, cabem orientações específicas e atitudes médicas compatíveis com o grau de problema.
INTERVENÇÃO BREVE
A intervenção breve é uma técnica mais estruturada que o aconselhamento, mas não mais complexa. Possui um formato também claro e simples e pode ser utilizada por qualquer profissional. Qualquer intervenção, mesmo que breve, é melhor que nenhuma.
Ela está indicada inclusive para pacientes gravemente comprometidos. Quando tais intervenções são estruturadas em uma a quatro sessões, produzem um impacto igual ou maior que tratamentos mais extensivos para a dependência de álcool.
Terapias fundamentadas na entrevista motivacional produzem bons resultados no tratamento e podem ser utilizadas na forma intervenções breves. Motivar o paciente melhora suas chances de procurar e aderir ao tratamento especializado.
As intervenções breves utilizam técnicas comportamentais para alcançar a abstinência ou a moderação do consumo. Começa pelo estabelecimento de uma meta. Em seguida, desenvolve-se a automonitorização, identificação das situações de risco e estratégias para evitar o retorno ao padrão de beber problemático.
Em função da heterogeneidade e gravidade dos pacientes e seus problemas, a intervenção breve pode ser ampliada para uma terapia breve com até seis sessões. O espectro de problemas também determina que se aplique intervenções mais especializadas para pacientes com problemas graves, além de adicionais terapêuticos, como manuais de auto-ajuda, aumentando a efetividade dos tratamentos.
RECOMENDAÇÕES
Todo médico deve investigar o uso de álcool e drogas em seus pacientes, com atenção especial aos adolescentes.
Os pacientes que apresentam uso problemático de álcool e drogas devem receber orientação básica sobre os conceitos de abuso, dependência, abstinência, fissura e tratamento. Intervenções comportamentais breves, com uso de técnicas motivacionais, podem ser eficazes. Técnicas de confronto devem ser evitadas. A combinação de psicoterapia e farmacoterapia é mais efetiva. De acordo com a gravidade da síndrome de abstinência, a farmacoterapia deve ser administrada.
A família do paciente deve receber orientações e participar do tratamento. Caso o médico generalista não se sinta apto a intervir, ele deve motivar o paciente a procurar ajuda especializada, realizando o encaminhamento A seguir, deve estabelecer um sistema de referência e contra-referência para cada caso.

fonte: site Medical Service